segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Empresários dos Açores com acesso a linha de crédito de 79 ME

As empresas dos Açores dispõem de uma nova linha de crédito com garantia mútua, no valor de 79 milhões de euros, destinada ao financiamento de investimentos, anunciou esta segunda-feira o vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila. 

“No passado, as linhas de crédito dirigiam-se essencialmente à reestruturação financeira e às empresas mais em dificuldades. Esta nova geração de linhas de crédito, se assim se pode chamar, dirige-se a comparticipar o investimento”, adiantou o governante, numa conferência de imprensa realizada esta manhã em Angra do Heroísmo.

A linha de crédito “Capitalizar Mais”, criada pelo Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), disponibilizará nos Açores 79 milhões de euros, afetando o Governo Regional um montante de cerca de 20 milhões de euros, no âmbito dos fundos comunitários do programa operacional Açores 2020.

Além de taxas de juro “abaixo dos valores médios de mercado”, com um 'spread' máximo entre os 1,86% e os 3,4%, a linha de crédito terá uma garantia até 80% do capital em dívida, para facilitar a concessão do crédito.

Um dos objetivos deste instrumento financeiro, segundo Sérgio Ávila, é facilitar o acesso aos sistemas de incentivos, como o Competir+, tendo em conta que ainda se verificam algumas “dificuldades no acesso ao crédito para financiamento da componente não comparticipada”.

“O que nós verificamos é que os sistemas de incentivos comparticipam com taxas significativas que podem ir até aos 60% dos investimentos, uma parte muito significativa a fundo perdido, no entanto, há uma componente que não era financiada pelos sistemas de incentivos. As empresas ou tinham capitais próprios ou tinham de ir à banca obter financiamento para esses investimentos”, apontou o vice-presidente do Governo Regional.

Segundo Sérgio Ávila, a linha de crédito vai permitir não só financiar a parte não comparticipada dos investimentos com candidaturas ao Competir+, mas também “financiar um conjunto de despesas que não eram elegíveis e que são necessárias à atividade da empresa, como o apoio à tesouraria e ao fundo de maneio, desde que seja para incrementar a atividade económica da empresa pelo investimento”.

O vice-presidente do executivo açoriano disse que foram recebidas 808 candidaturas de novos investimentos privados, desde a abertura do Competir+, em janeiro de 2015, alegando que representaram “mais de 344 milhões de euros de investimento” e que preveem a criação de 1.712 postos de trabalho diretos.

“Estes números e o facto de nos últimos meses estarmos a assistir a um ritmo acelerado de receção de candidaturas ao Competir+ são reveladores da dinâmica de investimento privado e empresarial nos Açores, assim como da crescente confiança das empresas no futuro da nossa região”, salientou.


Fonte: Lusa / AO Online


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